segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RUA PRESIDENTE VARGAS





Nos idos de 1950, na Rua Presidente Vargas, havia um pequeno jardim com tres banquinhos circundando um único canteiro, na esquina da Rua Artur Gomes que vai até a Rua Juscelino Kubitscheck em frente ao BRADESCO.
Na foto ve-se a casa de Ivan Fontoura, a casa que hoje é uma lan house e a casa de Gal Pires. Todas as construções foram reformadas, é claro.
O jardinzinho foi destruído e em seu lugar foram construídas duas casas que são vizinhas à casa de Carlos Bitencourt. Naquela época, no local da casa de Carlos havia uma fábrica de sabão de Adson Pires. 
O  responsável pela fabricação do (excelente) sabão massa era Graciliano, pai de Bentão e avo de Otacílio. Graciliano era também um ótimo banqueiro do jogo caipira, disputado nas feiras e parques de diversão. Ele tinha um jeito especial de manejar o copo de couro (bogue) com tres ou seis dados, convidar os jogadores a fazerem as suas apostas e apresentar o resultado com uma voz estridente, cativando a todos. Eu perdi muito dinheiro apostando na banca de Graciliano.
Entre a fábrica de sabão e o jardim tinha a tenda do Mestre Oldack Souza. Oldack era alfaiate e um intelectual. Autodidata, Oldack possuia larga cultura que impressinava os tiriricanos. Quando os imigrantes italianos chegaram em Tiririca, Oldack era quem traduzia aquele idioma estranho, falado por aquela estranha gente que ia aos sábados fazer feira na quitanda de Juca Nunes, chamada "O Paraíso".

No banquinho do jardim da Rua Presidente deixaram-se fotografar tres belos e elegantes jovens: minha tia Nade (irmã do meu pai), seu esposo (àquela época noivo) Benísio Peixoto e minha tia Tega (irmã da minha mãe).



Um comentário:

marilene disse...

Já morei nessa rua,numa dessas casas...