O
RÁDIO E ITIRUÇU
Por Miguel Peixoto
Saudades por que não fogem de mim? É Um
Combustível forte que me alimenta.
Tenho uma linda
recordação da chegada das famosas caixas amarelas que começaram a chegar a
nossa amada terra. Para alegrar o nosso povo querido.
O rádio pela primeira
vez que vi e ouvi foi o do Saudoso Moacir o grande mecânico, estavam
transmitindo a Copa do Mundo de 1950, o referido rádio era alimentado pela
bateria de carro, o Rádio foi um sucesso, mas a copa do Mundo de 1950 foi uma
tragédia lembrada até hoje.
Logo após o Sr.
Ludovico Farias comprou também um rádio, o sucesso era tão grande que logo Sr
Vivaldo Bastos, Sr. Jeir Magalhães,
também instalaram seus rádios.
Também me recordo
o Sr. Manoel Cerqueira, comprou um rádio
que era alimentado por uma bateria de carro, que utilizava o Famoso cata
ventos, pois ao girar ia fazendo movimentar um Dínamo, que por sua vez carrega
a bateria de carro, para alimentar o precioso
rádio do nosso amigo e saudoso
Manoel Cerqueira.
Mas dois fatos
relacionados jamais esqueci. O primeiro era a Novela o Direito de Nascer que
fazia um grande sucesso, então o Sr. Vivaldo Bastos, colocava numa árvore em
frente de sua casa um alto falante que vinha do seu rádio, para o povo ouvir a novela
pois a sua casa não cabia tanta gente, algumas mulheres coravam com os
acontecimentos que a novela apresentava.
Os personagens Maria
Helena a mãe, Alberto Limonta o Filho, o Pai era Dom Alfredo, e a majestosa
Mamãe Dolores fazia o povão chorar, com dificuldades para criar o Albertinho.
Pois teve que fugir
com o menino porque o avô Dom Rafael
mandou o criado matar a criança.
O segundo fato era
meu Saudoso e querido Juca Nunes comprou também um rádio e as quartas feiras as
20,00 horas transmitia o grande programa de Luiz Gonzaga.
Por isso eu pergunto aos
conterrâneos, se vale a pena lembrar estes fatos para contar aos filhos
queridos da minha terra?
Miguel Peixoto