sábado, 30 de março de 2013

A FOTO RETOCADA DE JOÃO BRANDÃO, O FUNDADOR DE ITIRUÇU - PELO SEU BISNETO MIGUEL

Miguel Peixoto, o Miguelzinho ou Miguel dos Correios, hoje morando em São Paulo, envia a foto do seu bisavô, o fundador de Itiruçu:
"Caro Jovino retoquei a foto do meu Bisavô João Brandão favor publicar no teu blog, enaltecendo a sua memória, quase esquecida. Abraços Miguel Peixoto."


Parabéns Miguel pelo culto à memória de João Brandão. Um povo que não cultua seus antepassados jamais evoluirá.

terça-feira, 26 de março de 2013

A SECA E A TECNOLOGIA – CHUVA INDUZIDA EM MARACÁS


A seca, uma situação inerente ao semiárido do nordeste brasileiro, traz frequentemente problemas econômicos e sociais à região.
A pluviometria desvantajosa, com chuvas em pouco volume e irregulares, é bom que se diga, não é fenômeno recente. Ao contrário! a região semiárida nordestina sempre foi assim desde que os fenômenos naturais deram a atual configuração geográfica ao planeta, bem antes do Brasil ser a Ilha de Santa Cruz, como chamou-o Cabral, o Pedro Alvares.
O semiárido nordestino foi e será sempre assim. Com secas frequentes. O que fazer então? Adotar tecnologia e não demagogia, como faz, de resto, a maioria dos governos.
Um exemplo é o uso da chamada nucleação de nuvens para a produção artificial de chuvas.
Neste caso merece aplausos a iniciativa da FERBASA, que iniciou o uso desta tecnologia em Maracás nos seus cultivos de eucaliptos, para produção de carvão.
Vejam o diz o técnico da ModClima:

Hernandes, Alfredo e Valdomiro,
Começamos a voar aqui em Maracás para a silvicultura e hoje, no mesmo voo,  fizemos 2 precipitações sobre uma das áreas alvo.
Nuvens boas aqui na região... o mesmo deve estar acontecendo por ai... estou com um vivo local 073 ............

abraço,

 Ricardo Imai


Resposta de Hernandes:

Prezados Amigos,

É com muita satisfação que comunicamos a voces, que a TECNOLOGIA DE CHUVAS INDUZIDAS, que trouxemos para Bahia no ano passado , custeada pela SEAGRI em PROJETO PILOTO COM SUCESSO, em ITABERABA, continua produzindo chuva HOJE, no Município de PLANALTINO,região de Maracás,na cultura do Eucalipto,contratada por uma empresa particular.

Precisamos Solicitar mais uma vez ao GOVERNO DO ESTADO, que INOVOU com o tratamento da SECA, que utilize uma pequena quantia do montante de recursos disponíveis para seca, produzindo chuvas em Locais críticos.

SECA SE MITIGA COM CHUVA e precisamos ENTENDER que  a CHUVA ESTÁ NA NUVEM, precisando de um "empurrão" para precipitar.

Abraço

Hernandes Medrado


Avião provoca e fotografa chuva artificial em Maracás


sábado, 9 de março de 2013

O fumo e a sobrevivência

09/03/2013 - 03h00 O fumo e a sobrevivência Por Drauzio Varella http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/1243031-o-fumo-e-a-sobrevivencia.shtml

 

Para quem gosta de morrer mais cedo, o cigarro é arma de eficácia incomparável. Ele reduz de tal forma a duração da vida que nenhuma medida isolada de saúde pública tem tanto impacto na redução da mortalidade quanto parar de fumar. 
Acaba de ser publicado o levantamento mais completo sobre os índices de mortalidade em fumantes e ex-fumantes. Os dados foram colhidos entre 113.752 mulheres e 88.496 homens, de 25 a 79 anos de idade, acompanhados durante 7 anos. 
Em média, os fumantes consumiam mais álcool, tinham nível educacional mais baixo e índice de massa corpórea menor do que o dos ex-fumantes e daqueles que nunca fumaram. 
Cerca de 2/3 dos que foram ou ainda são fumantes adquiriram a dependência antes dos 20 anos, dado que explica o esforço criminoso da publicidade dirigida para viciar crianças e adolescentes. 
As curvas de mortalidade revelaram que: 
1 - Continuar fumando encurta 11 anos na vida de uma mulher e 12 anos na vida do homem. 
2 - Comparado com os que nunca fumaram, o risco de morte de um fumante é três vezes maior. Mulheres correm riscos iguais aos dos homens, confirmando o adágio "mulher que fuma como homem, morre como homem". 
3 - Uma pessoa que nunca fumou tem duas vezes mais chance de chegar aos 80 anos. Na mulher de hoje, a probabilidade de sobreviver até essa idade é de 70%, número que cai para 38% nas fumantes. Nos homens esses valores são de 61% e 26%, respectivamente. 
4 - A diferença de sobrevida é explicada pela incidência mais alta de câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares obstrutivo-crônicas (como o enfisema) e outras enfermidades provocadas pelo fumo. As causas de morte mais frequentes são câncer de pulmão, infarto do miocárdio e derrame cerebral. 
5 - Na faixa de 25 a 79 anos de idade, cerca de 60% de todas as mortes são causadas pelo cigarro. 
6 - O risco de desenvolver doenças pulmonares obstrutivo-crônicas nas mulheres que fumam é 22 vezes mais alto; nos homens é 25 vezes maior. 

Foi analisado também o impacto de parar de fumar na redução da mortalidade. 
1 - Quanto mais cedo alguém deixa de fumar, mais tempo vive. 
2 - As curvas de sobrevida dos que se livraram do cigarro entre os 25 e os 34 anos de idade são praticamente idênticas às dos que jamais fumaram. Parar nessa faixa etária faz ganhar pelo menos 10 anos de vida. 
3 - As curvas dos que pararam dos 35 aos 44 anos são um pouco mais desfavoráveis. Ainda assim, largar de fumar nessa fase permite viver nove anos mais. 
4 - Comparados com os que nunca fumaram, ex-fumantes que pararam ao redor dos 39 anos ainda apresentam mortalidade 20% mais alta. Embora significante, esse número é pequeno em relação ao risco 200% maior que correriam se continuassem fumando. 
5 - Parar de fumar dos 45 aos 54 anos reduz 2/3 da mortalidade geral e faz ganhar em média seis anos de vida. Os que o fazem entre 55 e 64 anos vivem em média quatro anos mais. 
6 - O câncer de pulmão está associado ao maior risco de morte entre os ex-fumantes. 
O fato de nas últimas décadas os fumantes terem aderido em massa aos assim chamados cigarros de baixos teores não alterou em nada a mortalidade. 
No caso das doenças pulmonares obstrutivas, que evoluem com falta de ar progressiva, foi até pior: a incidência mais do que duplicou desde a década de 1980. 
A explicação se deve às mudanças que a indústria introduziu na produção de cigarros: o uso de variedades de fumo geneticamente selecionadas para reduzir o pH da fumaça, o emprego de papel mais poroso e filtros com mais perfurações, tornaram menos aversivas, mais profundas e prolongadas as inalações, expondo aos efeitos tóxicos grandes extensões do tecido pulmonar. 
Como o cigarro perde espaço no mundo industrializado, e em países como o Brasil, as multinacionais têm agido com agressividade nos mercados asiáticos e africanos, valendo-se da falta de instrução das populações mais pobres e da legislação frouxa que permite a publicidade predatória. 
Os epidemiologistas estimam que essa estratégia macabra fará o número de mortes causadas pelo cigarro --que foi de 100 milhões no século 20-- saltar para 1 bilhão no século atual.

Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".