terça-feira, 28 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS ITALIANOS

Como é natural a um contigente expressivo de imigrantes, a política local passou a interessar-se pelos novos habitantes. País com com um histórico político, que remonta ao Império Romano, criado por Júlio César   a mais de dois mil anos, portanto antes de Cristo, os italianos talvez sejam o povo mais politizado do planeta.
Recém saídos da II Guerra Mundial, viveram na pele o momento político mais importante do mundo no século XX, em que a Itália foi uma participante ativa, com Mussolini aliando-se ao Eixo com Hitler da Alemanha e Hiroito do Japão. Depois eles derrubaram o ditador, passaram para o lado dos aliados e ajudaram derrubar o fantasma do nazismo e tudo o que representavam para a humanidade.
Em Itiruçu se integraram à nossa política. Chefes políticos importantes procuravam-os, como o major José Inácio Pinto e o governador Juracy Magalhães nesta conversa com Jeremia Iervese.
Em 2004, um filho do imigrante Domenico Tenise, Enzo, elegeu-se vice-prefeito de Itiruçu.
Em 2008, Carlinhos, filho do imigrante Gabriel Iervese, elegeu-se prefeito.
A integração política consumou-se.

AS REUNIÕES DOS COLONOS

As famílias italianas se reuniam nos dias de domingos na casa de um colono; normalmente assistiam às missas.
Na foto o padre e a presença preponderante das mulheres e dos filhos.

A FITA INAUGURAL

Italianos, itiruçuenses e funcionários do governo cortam a fita inaugural do que seria a importante Colônia Bateia de Itiruçu.

A EDUCAÇÃO DOS ÍTALOS-BRASILEIROS

Havia o trabalho necessário para a sustentação da família. Mas a educação da meninada era indispensável. Nossas escolas estavam abertas para atender os filhos dos italianos. Já nascidos em Itiruçu: brasileiros da gema.
Nossas professoras e professores receberam com alegria estes novos habitantes.
A professora Alda entrega um diploma à infanta.

A FÉ CATÓLICA

Vindos da Itália, país que abriga o Vaticano, era natural que os imigrantes tivessem forte laços com a Igreja Católica.
Aqui lançaram a pedra fundamental da Igreja de São Gabriel, no entroncamento da Várzea. O evento contou com apresença de ilustres brasileiros.


AS ATIVIDADES NA COLÔNIA

Os italianos, não só plantavam. Tinham que vender o que produziam.
Com caminhonetes como esta de Atilio, transportavam o produto para vendas em Salvador, Jequié e Itabuna.

AFAGANDO A TERRA

Aqui chegando os italianos partiram para o trabalho.
O mais nobre de todos eles: cultivar a terra.
"Afagar a terra
Conhecer o desejo da terra."
(Milton Nascimente e Chico Buarque em Cio da Terra)
O governo da Bahia montou um projeto especial através da Secretaria de Agricultura, criando as Colônias Bateia e Fortaleza para assentar os italianos.
Recebendo assistência técnica de engenheiros agrônomos como Dr. Rosalvo Portugal, Dr. Sturaro, Dr. Régis, Dr. Agnaldo e outros, a Colônia passou a produzir hortaliças e Itiruçu passou a ser referência na agricultura da Bahia. Fomos os primeiros a produzir no estado tomates, batatinha, pimentão, repolho, chuchu e outras olerícolas.

Debulhar o trigo

Recolher cada bago do trigo

Forjar no trigo o milagre do pão

E se fartar de pão


Decepar a cana

Recolher a garapa da cana

Roubar da cana a doçura do mel

Se lambuzar de mel


Afagar a terra

Conhecer os desejos da terra

Cio da terra, a propícia estação

E fecundar o chão


BODAS DE PRATA DA CHEGADA

Em 1975 Itiruçu comemorou os 25 anos da chegada dos italianos.
Foi erguido um belo monumento para comemorar o evento, com um significativo aparelho: um arado. Símbolo do trabalho, e, consequentemente, símbolo da prosperidade.
As bandeiras de Itiruçu e da CNEC cobrem o objeto.
Giulio e Geremia fazem a guarda.

A placa diz: "O arado que integra este monumento foi pela Colônia Italiana trazido de sua terra de origem em 1950 e doado a esta cidade por ocasião do 25º aniversário de sua imigração. Itiruçu, 19 de novembro de 1975."

ASSIM CHEGARAM OS ITALIANOS

Os italianos que aportaram no Brasil em 1950 para colonizarem as colônias Bateia e Fortaleza em Itiruçu, atravessaram o Oceano Atlântico à bordo deste navio, o Conte Biancamano.

Dona Iaiá e seus filhos.

A primeira escola.
Dona Iaiá, esposa de Seu Vigilinho Fontoura, alfabetizou centenas, talvez milhares de crianças de Itiruçu.
A sua casa na Rua Presidente Vargas, vizinha ao Clube, ainda tem a fachada em pé.
Nesta fotografia temos Leomar segurando Lenize no colo e em pé os filhos homens: Iagil, Ivan, Ives, Gilvan, Lijo, Nenga e Gilmar.
Querida por todos, Dona Iaiá recebeu uma justa homenagem dos seus concidadãos: o nome de uma escola - Escola Maria Cândida Fontoura.