quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PEDRO DE NOEME, CUSCUZ E NARA




Hoje é dia da nova geração. Nara escuta atenta seu pai Pedro discutir as performances de Cuscuz no jogo de sinuca.
Cuscuz foi o maior jogador de sinuca de Tiririca da sua geração. Disputava com Lola, Orlando e Balinha (Antonio Scaldaferri).

O NOSSO ACM

Agora um pouco de modernidade.
Um flagrante de Lola de seu Juquinha, contando uma boa prosa.

Lola agora mora em Berimbau onde é conhecido por ACM - (A)ntonio (C)arlos (M)achado. Bolão!

ANCESTRAIS DE TIRIRICA - ALBINO SERRA E MANOEL FIDÉLIS


Albino Serra, pai de Serra, Almir, Alda e Anilda (à esquerda) era proprietário da Fazenda Iaporé, onde se encontra a Lagoa da Tiririca ou Lagoa de Cesário, hoje Fazenda de Santino D’Antonio.


À direita Manoel Fidélis, o “Imperador da Várzea”.

A foto foi tirada na Lapa de Bom Jesus, onde os tiriricanos viajam todos os anos para pagar promessa.
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NOSSOS IRMÃOS ITALIANOS – CARLOS GIARRUSSO


Os italianos que vieram para Tiririca integraram-se à nossa comunidade e muito contribuíram para o nosso desenvolvimento. A nossa cultura ficou mais rica.
A miscigenação contribui para a formação de uma nação policultural, despojada de preconceitos.



Carlos Giarrusso, pai de Chiquinho e Genarinho, esposo de Adina, conforme a ficha de registro de estrangeiros da Delegacia de Polícia de Itiruçu “chegou ao Brasil no dia 21 de janeiro de 1953, pelo Vapôr Ana C. Desembarcou em Salvador – Bahia, vindo para a Colonia Bateia deste município, onde chegou em 23 de janeiro de 1953”.
Carlo Italiano era um brasileiro. Só ficava contra o Brasil em jogos Brasil x Itália. Acho eu.


BAHIA DE ITIRUÇU - O TIME


O Bahia de Itiruçu foi um sucesso entre os anos de 1969 e 1972. Em homenagem ao grande Esporte Clube Bahia de Salvador teve uma vida de glórias.
Era rival do grande e lendário Cruzeiro de Asterino, o time mais popular e importante de Tiririca.
Uma vitória histórica do Bahia sobre o Cruzeiro deu-se no ano de 1970, por 1 a 0. O gol foi de Gal Pires que era zagueiro no último minuto da partida. Gal centrou a bola do meio do campo, lembrando aquele gol que Pelé nunca fez.
A bola sobrevoou todo o meio campo e cobriu o goleiro do Cruzeiro Carlos Bitencourt que nada pôde fazer. A torcida tricolor invadiu o gramado(?) e Jonas Tarira, bandeirinha que tinha a finalidade de tirar o povo de dentro do campo não conseguiu cumprir com sua obrigação. Desta forma o juíz da partida Toninho Magalhães decretou o fim da peleja e a massa fez um grande carnaval. A comemoração, como sempre foi no Alvorada Bar de Dazinho de Fortunato.

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Uma curiosidade: Mosquito (Israel de Armando) é a cara de Robinho, o craque da Seleção Brasileira, ex-Santos, hoje no futebol europeu:
 

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

CONVERSA DE AMIGOS





 Em Tiririca a tranquilidade é tão grande que Nilton Dias sempre vai ao escritório de Juca Nunes bater papo. Na parede ao fundo, um quadro com o escudo do glorioso América Futebol Clube do Rio de Janeiro, time do coração de Juca, Nilton Cunha e Gérson Souza. Na parede ao lado um caledário com uma foto ,imprópria para menores, com uma jogadora de futebol do jeitinho que nasceu, vestida só com meias e chuteiras.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RUA PRESIDENTE VARGAS





Nos idos de 1950, na Rua Presidente Vargas, havia um pequeno jardim com tres banquinhos circundando um único canteiro, na esquina da Rua Artur Gomes que vai até a Rua Juscelino Kubitscheck em frente ao BRADESCO.
Na foto ve-se a casa de Ivan Fontoura, a casa que hoje é uma lan house e a casa de Gal Pires. Todas as construções foram reformadas, é claro.
O jardinzinho foi destruído e em seu lugar foram construídas duas casas que são vizinhas à casa de Carlos Bitencourt. Naquela época, no local da casa de Carlos havia uma fábrica de sabão de Adson Pires. 
O  responsável pela fabricação do (excelente) sabão massa era Graciliano, pai de Bentão e avo de Otacílio. Graciliano era também um ótimo banqueiro do jogo caipira, disputado nas feiras e parques de diversão. Ele tinha um jeito especial de manejar o copo de couro (bogue) com tres ou seis dados, convidar os jogadores a fazerem as suas apostas e apresentar o resultado com uma voz estridente, cativando a todos. Eu perdi muito dinheiro apostando na banca de Graciliano.
Entre a fábrica de sabão e o jardim tinha a tenda do Mestre Oldack Souza. Oldack era alfaiate e um intelectual. Autodidata, Oldack possuia larga cultura que impressinava os tiriricanos. Quando os imigrantes italianos chegaram em Tiririca, Oldack era quem traduzia aquele idioma estranho, falado por aquela estranha gente que ia aos sábados fazer feira na quitanda de Juca Nunes, chamada "O Paraíso".

No banquinho do jardim da Rua Presidente deixaram-se fotografar tres belos e elegantes jovens: minha tia Nade (irmã do meu pai), seu esposo (àquela época noivo) Benísio Peixoto e minha tia Tega (irmã da minha mãe).



domingo, 18 de outubro de 2009

DOMINGO É DIA DE FUTEBOL


Foi disputada mais uma emocionante partida no gramado do estádio José Inácio Pinto. Honraram a jaqueta do clube a grande dupla de beques MIGUELZINHO DOS CORREIOS e GAL PIRES. E na ponta esquerda GILSON SOUZA.

UM POUCO MAIS DE POLÍTICA

Em 1966, extintos o PSD e a UDN, foram criadas em Tiririca a ARENA-1 e a ARENA-2. ARENA (Aliança Renovadora Nacional). No bipartidarismo implantado o outro partido nacional era o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Em Tiririca não havia oposição. Não existia MDB.

Em 1964 um furacão havia passado na política e o comando da nação era dos militares, que depuseram João Goulart, o então presidente.
O presidente em 1966 era o Marechal Humberto Alencar Castello Branco.
Em Itiruçu, a disputa se deu entre Antonio Francisco de Souza, o Machadão, e Gilberto Scaldaferri. Machadão venceu e foi prefeito pela primeira vez. Voltaria a ser eleito em 1976.

 






Esta era uma eficiente tropa de choque de Machadão.
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COMÍCIOS



A política sempre correu no sangue do povo tiriricano.
As disputas eleitorais para prefeito são quentes e a participação popular é intensa e muito importante.
Nesta foto de 1962, em frente à Prefeitura os preparativos para mais um grande comício. Caminhões à postos com os eleitores já em cima. Sempre foi assim.
Passando à frente, Adson Pires, um destacado participante da vida política de Tiririca.
Nesta eleição Josias Duarte Santos (PSD) venceu Valdeque Almeida(UDN). Ainda houve um terceiro candidato, Gilberto Scaldaferri, que fez uma candidatura de protesto. Ele era do grupo do então prefeito Zé Bonfim, que apoiou Valdeque. Gilberto queria outra indicação e lançou-se candidato promovendo uma ruptura na UDN.
Dos quatro personagens aqui citados, três ainda mantém raízes com a política de Tiririca atual: Adson Pires: seu filho Ailton foi prefeito até o dia 31 de dezembro de 2008, transmitiu o cargo para Carlos Iervese em 1 de janeiro; Josias Duarte e Gilberto Scaldaferri: seus filhos Duda e Vilberto foram reeleitos vereadores. Duda é o atual presidente da Câmara Municipal.
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INAUGURAÇÃO


Inauguração em Tiririca é com uma boa feijoada. Quando o prefeito era Machadão era assim que se comemorava.

Esta foi a do calçamento da Rua das Flores (atual Rua Pedro Ribeiro) em 5 de abril de 1969.


Aparecem na foto diversos habitantes de Tiririca.



1. Adé, Silvério e Rode                     2. Dazinho                              3. Jorge de Doutor e Deraldinha



4. Zeca Pereira, Dr. Antenor, Ananias de Eliziário, Djalma Pedreiro e Manezim de Eliziário.

5. Fábio de Machadão

6. Jonas de Eliziário, Glorinha, Marlene de Ricardino, Gazo de Vavá Eliotério e Jovino de Juca Nunes.

7. Miro de Durvalino


8. Valnei de Sinhô Meira.                       9. Zé Pão de seu Gérson


O pessoal não larga o prato.
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SERRA E AS ESTRADAS



Serra (Albino Serra Filho) é um dos grandes motoristas de Tiririca. Cruzou este Brasil de norte a sul, de leste a oeste, incontáveis vezes. Conhece "cada palmo deste chão" (Renato Teixeira, na bela música Frete).
Serra, assim como a maioria dos nossos motoristas é um grande contador de casos.
E prova que não tem carteira de motorista tirada no balaio apresentando o documento de 8 de novembro de 1962, com os selos emitidos pelo Governo do Estado da Bahia, que garantem a autenticidade do mesmo.
Com Serra a viagem é tranquila.




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THOMAS JEFEFERSON E A IMPRENSA.


Principal autor da Declaração da Independência Americana, Thomas Jefferson (1743-1826), dizia que se tivesse que escolher, preferiria "uma imprensa sem governo a um governo sem imprensa".
Jefferson foi o terceiro presidente americano (1801-1809) e sua lição deveria ser adotada por muitos mandatários deste terceiro milênio.
A democracia agradece.
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DOUTOR ANTENOR. O GRANDE MÉDICO!


Dr. Antenor é a maior referência médica de Itiruçu. Mesmo tendo nos deixado, a 38 anos, em 1971, a população de Tiririca não o esquece.

Profissional dedicado totalmente ao trabalho, nunca se meteu em política partidária, apesar de ser convocado insistentemente por todos os partidos da terra. Entendia ele, com razão, que a política partidária divide a sociedade em opiniões contraditórias, e neste contexto, o profissional da saúde ficaria impedido de dedicar-se intensamente.
A medicina de Dr. Antenor era um sacerdócio. Assim como os padres não se casam para a dedicação total à religião.
A sua abnegação pelo trabalho levava-o aos mais distantes pontos da região para atender os enfermos. Transportava-o um jipe 1954. No final da sua vida, tinha uma Rural Willys. O seu motorista predileto era Luiz Gomes. Viajava até Iramaia e Machado Portela, passando por Maracás, Pé de Serra, Gavião, Capivaras e toda esta caatinga de Meu Deus, parando de casa em casa. Receitando, fazendo partos e tudo mais que se exige de um profissional da medicina. Os recursos da época eram... nenhum! Recorria à sua sabedoria e intuição para tomada de decisões, nem sempre fáceis, pois lidava com a vida humana.
Amigo de todos, tinha uma predileção especial pelos pobres, sem nenhuma demagogia. Visitava os lares mais humildes para almoçar, jantar ou fazer qualquer refeição.
Quando a parturiente era uma pessoa pobre ele levava um pedaço de carne e alguém da família assava-a, no espeto, em um fogão a lenha, para que ele ficasse comendo e tomando uns aperitivos até que a criança nascesse.
Batizou incontáveis crianças na região. Eu era um dos seus afilhados. Todas as famílias tinham orgulho de ter Dr. Antenor como compadre. Ele era realmente um membro de cada família de Tiririca.
Em 1971 morreu pobre, na visão capitalista. Para ele, na sua visão, ele era um rico. Rico de amizades. Rico porque cumpria a sua missão com sucesso. Rico porque todos o consideravam um grande homem.
Dr. Antenor Rodrigues Costa é uma personalidade que engrandeceu a nossa terra.
Dr. Antenor é um orgulho para Tiririca!

ESTA É UMA HOMENAGEM DO POVO DE TIRIRICA AO GRANDE MÉDICO, NESTE DIA.

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O PROTESTO DOS MÉDICOS


Hoje os médicos estão comemorando a data dedicada à sua profissão. Marcaram uma caminhada na Orla Marítima de Salvador, partindo do Farol da Barra.
O sindicato da categoria ergueu algumas faixas protestando contra os baixos salários e as condições de trabalho dos médicos, chamando-as de "condições degradantes".
Este fato leva-nos a refletir. Quando profissionais de nível superior reclamam sobre as condições e remuneração do seu trabalho, imaginem como estarão as condições dos trabalhadores de níveis inferiores da nossa escala social?
A medicina é o curso mais disputado nos vestibulares brasileiros. Isto obviamente pela recompensa  econômica e social que dá à pessoa que o procura.
Como será a condição dos trabalhadores rurais encarregados de produzir alimentos? Como estão o trabalhadores da construção civil que erguem as moradias? Como passam os motoristas que transportam os veículos e as riquezas por este chão brasileiro? Como vivem os garis que limpam a sujeira física da população? Como ...? Como ...?

DIA DO MÉDICO



















Hoje, 18 de outubro se comemora o  Dia do Médico. Estes bravos profissionais tem muito o que comemorar. A medicina, e a ciência como um todo, tem promovido um progresso jamais imaginado em tempos passados, para a melhoria da vida humana neste planeta.
Cada vez se vive mais e se vive melhor. E este benefício foi democratizado. Atinge todas as classes de cidadãos.
A medicina brasileira, particularmente, está em estágio bem avançado, não deixando nada a dever aos grandes centros dos países ricos da Europa e América do Norte.
Parabéns Doutores!
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O MAJOR ZÉ INÁCIO E A APOLO XI


Na foto Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin.

Zé Inácio era um verdadeiro cavalheiro. Não era rico mais tinha classe. “Um gentleman”.

Era casado com dona Ana, filha do lendário Coronel Marcionílio Souza.
Quando os astronautas da Apollo XI chegaram à Lua, Zé Inácio brindou o evento épico com champagne e fogos de artifício na Rua Romeu Silva, esquina com a Rua Juracy Magalhães, em frente à Loja de Chico Machadão, onde se localiza hoje o prédio da Câmara Municipal.
Convidou o Dr. Antenor, que morava em frente, na Pensão de Glorinha e  outros homens  que ainda se encontravam acordados às 23 horas, 56 minutos e 20 segundos (horário de Brasília), na fria noite de 20 de julho de 1969 para comemorar.
Assim, graças ao Major José Ignácio Pinto, Tiririca ficou na história do mundo.
Enquanto o comandante Neil Armstrong proferia a famosa frase: “Um passo pequeno para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”, num local denominado Mar da Tranquilidade no solo lunar, em Titirica o Major Zé Inácio, Dr. Antenor, Asterino, Dazinho, Jackson Ribeiro, Genival Coutinho, Leléu Ribeiro, Joel Bisurim, Juquinha Machado Santana, Gal Pires, Juca Nunes, Sinhô Meira,  Pedrinho, Antonio Machadão, Manoel Cerqueira, Tiofão, Mestre Oldack e outros já esquecidos, bebericavam o famoso e caro sumo fermentado francês em taças chiques e apropriadas. É bem verdade que alguns dos presentes estavam a preferir um certo destilado de cana, bebida bem mais barata e que mais conheciam em detalhes e fazia, deveras, melhor efeito.


Os outros astronautas da Apolo XI foram Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins.
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ZÉ INÁCIO POR SINHÔ DE ZIZI


Zé Inácio  em foto tirada no final dos anos 1920.
Sinhô é um dos cidadãos mais importantes de Tiririca. Político de grande percepção, sempre teve um contato estreito com as camadas mais populares da nossa terra. Foi vereador e o primeiro vice-prefeito de Itiruçu no período 1977 a 1982 em que o prefeito era Antonio Machadão. Intelectual, estudou e se formou no Ginásio Normal de Itiruçu, na turma pioneira de 1966.



Conhecido por “Sinhô de Zizi”, pois foi criado por dona Zizi, ele descreve o Major José Ignácio Pinto, patrono de Tiririca, em 2006. O texto a seguir é de Simone Nunes:


Para falar sobre a vida do primeiro político importante do município, Major José Ignácio Pinto, solicitamos ao Senhor Emmanoel de Oliveira e Silva (Sinhô), funcionário público, 70 anos, que muito gentilmente declarou:
- Zé Inácio, como era conhecido o Major, era português. Ele era líder nato. Era um político de visão, era um homem que tinha muita visão. Com todo atraso da época, ele só pensava no melhor para a população de Itiruçu.
- Ele se tornou popular por seu idealismo. Veio rapazinho novo, trabalhar com Guilherme Silva, um dos fundadores de Jaguaquara. Ele era caixeiro de Guilherme, que era um desbravador.
- Nisto surge a cultura do café, sendo a região de Toca da Onça (hoje Jaguaquara) terreno fértil para a agricultura do fumo e do café. Como já existia uma abertura de um povoado com o nome de Tiririca, criado por João Brandão que também era português e amigo de Guilherme Silva, começou a se instalar um pequeno comércio no povoado de Tiririca.
- Guilherme então instala uma casa de comércio no povoado e manda Zé Inácio para ser gerente. Assim, ele começou o sonho de criar o município de Itiruçu, enfrentando as maiores dificuldades da liderança de Jaguaquara.
- Mas ele contou com o apoio do Interventor Estadual Juraci Magalhães, que gostou da luta incessante de José Ignácio e deu todo apoio e criou a Vila de Itiruçu, e depois o Município, em 1935, sendo o seu primeiro intendente (ou Prefeito hoje).
- Como Prefeito, o Sr. José Ignácio cuidou de traçar os planos de cidade. Traçou toda a cidade em quarteirões, abriu ruas, praças; deu um aspecto à cidade e nunca parou de trabalhar. Deixou de ser prefeito, mas ficou com força absoluta, sendo uma liderança da Bahia.
- Ajudou a criar o Entroncamento de Jaguaquara, Lajedo do Tabocal, e foi um homem muito conhecido em toda a região. Embora português, foi um líder regional e, muito devemos a esse homem.. ele deixou muito boa impressão e exemplos a serem seguidos. Foi muito importante para o município e para a cultura daqui.

Na foto acima Sinhô, em 2006.
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PRESÉPIOS DE NATAL - PEQUENA

Viúva do professor Cid, Pequena deu um depoimento à Simone, em 2006, que preparou o texto abaixo para o Fazenda Tiririca:
Um dos presépios mais bonitos da cidade é o de Eulina Ribeiro Santos, conhecida como Dona Pequena, dona de casa, de 83 anos. É armado em sua residência (Rua Presidente Vargas). É feito com papel madeira, plantas, cascas, musgos. Coloca enfeites como: passarinhos, os Três Reis Magos, a estrela do oriente, os anjos, animais e muitos outros. Ela diz por que faz: “Quando ganhei um talho no dedo e ele tava entortando fiz uma promessa. Aí eu pedi a Deus Menino para curar, que eu nunca deixaria de armar. Só paro de fazer quando morrer. E já faço há muitos anos. A arrumação quem faz sou eu. E o resultado é um presépio que todo mundo gosta de ver e visitar”. Para ela, a importância de armar presépios é “porque gosto mesmo. Sinto muito prazer em fazer isso”.


Na foto acima este locutor que vos fala e Pequena e seu presépio em 2006.
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O ESTUDANTE (TIME DE FUTEBOL) - Dr. Vítor

O Estudante, era, por assim dizer, o time da elite. Afinal era formado pelos rapazes que estudavam no Ginásio de seu Zau. O time do povão era o Cruzeiro de Asterino.
No Estudante jogavam Raimundo Soares (Beloso), Almir Serra,  Gal Pires, Paulo Santos de Maracás, Sandoval Amaral, os irmãos Rode, João e Nequinha (filhos de Fortunato), e dentre outros, Dr. Vítor.
Dr. Vítor, peruano, agrônomo, era funcionário da ANCARBA. Jogava uma bola digna de um Rivelino, ali na meia cancha.
Houve um jogo do Estudante com um time do Colégio Central de Salvador. O Central trouxe na sua composição nada mais, nada menos que Esquetini, no gol; Dilermando e Zé Eduardo no ataque. Este pessoal todo se tornou profissional. Jogaram no E. C. Bahia e Zé Eduardo chegou a jogar no Flamengo do Rio.
Foi o melhor time que Tiririca viu jogar. O Central venceu de 4 a 1. O gol de honra do Estudante foi marcado por Dr. Vítor.


Dr. Vítor em 1966.

Dr. Vítor, em 2006, com Ademir Meira e Jacy, sua esposa, nas comemorações dos 40 anos do Ginásio Normal de Itiruçu.
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FUTEBOL DE TIRIRICA


Nos anos de 1960, Tiririca talvez tenha vivido os anos de ouro do seu futebol.

Em 1966 Rivaldo, genro de seu Batista criou a Liga de Futebol de Itiruçu que organizou um campeonato. O campo chamado de Estádio José Inácio Pinto, não era sequer murado. Mas nos domingos uma multidão invadia as laterais e era contida apenas pelos bandeirinhas. O mais notável de todos eles era Jonas Tarira. O juiz de maior conceito foi Toninho Magalhães, irmão de Carlito de Dona Xixi.



Os times que se inscreveram, se faltar algum me corrijam: Cruzeiro de Asterino, Estudante (time do Ginásio), Escolinha de Upabuçu, Flamengo de Jaime Boró, São Paulo de Mano, Star (de Entroncamento), Santana (da fazenda Santana).
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VIAGEM DA LAPA - ZÉ ROSENO


O maior destino para turismo do povo de Tiririca é sem dúvida o Santuário de Bom Jesus da Lapa.

Anualmente os nossos romeiros partem em lotações, em caminhões coberto por lonas, em viagem que duram mais de 12 horas até a cidade da Lapa. As estradas, na maioria das vezes em péssimas condições de tráfego não intimidam as famílias, que sem nenhum conforto, chegam ao destino para pagar as suas promessas e fazer as suas visitas aos pontos mais belos da cidade ribeirinha do Rio São Francisco.
Das viagens surgem, inevitavelmente, as boas histórias. Tipo a contada por Zé Roseno, antigo morador de Tiririca:

- Cheguei na Lapa e como sou bom de fazer amizade, fui logo procurando conversa com gente de outro lugar.


- Ia me apresentando:


- Prazer. Zé Roseno, seu criado. E pra minha surpresa o outro respondeu: “Que coincidência. Meu nome também é Zé Roseno.”


- Seu “minino”, passado os dois dias de romaria, contei na Lapa noventa e nove Zé Roseno. Comigo “inteirou” cem. Nunca vi tanto Zé Roseno junto.
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DIA DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

Os agrônomos brasileiros comemoram hoje o seu dia. Tem muito a comemorar. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo.
Um terço do PIB brasileiro vem do agronegócio.

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Depoimento de Pedrinho em 2006

Uma terra para evoluir necessita escrever a sua historia. E a história de um lugar é a história do seu povo. O Blog Fazenda Tiririca tem este objetivo, ser o veículo para se escrever a história do povo de Itiruçu.

Simone, minha irmã, teve a oportunidade de registrar depoimentos de muitas pessoas. A seguir um registro feito em 2006, com Pedrinho, prefeito por três vezes:


Pedrinho gostava de receber o povo em sua casa para conversasr

Um político bastante conhecido na nossa região é o Sr. Pedro Pimentel Ribeiro. Filho de Pedro Alves Ribeiro e Idelina Pimentel Ribeiro, Dona Moça, nasceu em 25 de junho de 1931, é aposentado, mora na Rua João Brandão, 223, tem primeiro grau completo e é conhecido como Pedrinho.

Conta-nos como se tornou tão popular:

- Vem desde os tempos de criança, quando brincava com amigos. Quando entrei na política me apelidaram de Pedro 70 e pegou. Minhas relações foram sempre passivas. Sempre procurei fazer o bem, nunca desejei mal a ninguém.

- Antes de ser político fui telegrafista. Posteriormente iniciei trabalhando na Coelba como eletricista e, em seguida, chefe da Coelba de Itiruçu. Fui uma vez vereador e prefeito por três vezes.

- Minha origem como figura popular foi o amor à política e às causas públicas, dos necessitados, a vontade de ver meu município crescer. São várias as obras e, uma das mais importantes foi à construção do Hospital e a ampliação, Colégio no povoado de Upabuçu, Colégio Luiz Eduardo, Tancredo Neves, Posto de INSS, Setor de Merenda Gerson Souza, construção do Mercado Municipal, 75% do calçamento de toda a cidade, entre outros.
Sobre o universo da criança e do adolescente, Pedrinho diz:

- Seguimos o programa do Governo Federal, teremos famílias amparadas e ter uma ajuda educacional para essas crianças.

E finaliza, falando sobre a importância de suas atividades:

- Sinto muito orgulho de ter contribuído para que meu município tivesse dias melhores. Eu ajudei a crescer 65% do município.

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sábado, 10 de outubro de 2009

VALDEQUE E ZÉ BONFIM


Zé Bonfim era prefeito e Valdeque Almeida seu candidato a sucedê-lo, em 1962. Mas quem ganhou foi Josias Duarte Santos candidato da oposição (PSD).

A pose daqui se deu na Bahia. Assim o povo de Tiririca se referia à Capital do Estado: “Bahia”, nunca Salvador.
- Fulano vai pra Bahia.
- Sicrano chega hoje da Bahia.


Adélcio Meira lembra as campanhas políticas de antigamente:
- Passavam os caminhões lotados de eleitores nos dias de comícios, com gritos bem altos, quase histéricos:
- “É Zé Bonfim!”, “É Zé Bonfim!”, ou, da outra banda:
- “Osório!”, “Osório!”.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

VAMOS APLAUDIR

VAMOS APLAUDIR ANO DE 1962
O nascimento do Ginásio Normal de Itiruçu
E aqueles bravos cidadãos que pensaram no futuro:



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